quinta-feira, 9 de maio de 2013

Introdução a política

Desde a época dos gregos, a política era vista como algo para o bem comum de todos, em sua essência ela deveria ser usada para o bem do povo. Porém essa civilização-que até hoje causa muitos problemas ao historiadores e aos adeptos de teorias da conspiração que insistem em dizer  que ela nunca existiu( sim, eles não estão se referindo a Atlantis)- desapareceu e com ela se foi essa concepção de política e só nos restou sonhar que ela voltasse e ficar lendo sobre algumas obras de outros autores que fantasiam uma nova concepção de política, tais com Hannah Arendt e o nosso querido Kant. Resolvi aprofundar neste texto as teorias de Arendt, mas não deixarei de relacioná-las ao grande Kant. Comecemos então com o estilo Arendt de escrever: O que seria política? Qual o verdadeiro sentido da política? Para ela a política deveria ser usada para o bem de todos ( mesma concepção dos gregos só que sem a aristocracia platônica), em suas obras a socióloga russa numerou algumas das formas de poder nas quais a política deveria ter esse sentido, essas formas são: Aristocracia(ou oligarquia), quando o poder é exercido por um grupo, segundo a própria Hannah, essa não seria a melhor forma de governo pois na maioria das vezes os grupos governantes não pensariam no bem em comum, mas sim em seu próprio bolso, outra forma de política seria a monarquia, onde apenas um governava e segundo ela, o poder seria exercido  através da força ( aí está o maior erro de Arendt, a pobre coitada achava que a democracia, defendida por ela, iria fazer o mesmo), por isso ela descartava esse sistema político, como já disse anteriormente, ela defendia a democracia como a melhor forma de política (não demonstrarei minha opinião nesse assunto porque daria assunto para mais de duas páginas) pois a mesma acreditava que só na democracia existiria, o que pra ela seria o verdadeiro sentido da política,  a liberdade. Notemos que Arendt, assim como Kant, nem ousou citar a tirania dentre as formas de poder, no caso de Kant foi por puro descontentamento, talvez indignação com essa forma de poder.  Hannah justifica essa "não-consideração-da-tirania-como-meio-politico" dizendo que essa forma de governo seria a mais covarde de todas e a mesma usava do medo (até mais do que na monarquia) para manter seus dominados  "na linha". Paralelamente a isso, ela escreveu sobre o motivo de o homem ter  medo da política, que também foi denominado como pré-conceito pela coisa política ,  segundo ela, essa idealização seria por causa das guerras que o homem conviveu desde o inicio da coisa política, foi assim com os troianos( além de várias outra civilizações que sucumbiram por poder) e principalmente com  os japoneses no século XX( principalmente porque essas ideias de Arendt surgiram após o bombardeio e foi dado por ela, como a "gota d'água" para essa concepção de medo)após o bombardeio que colocou fim em uma das mais terríveis guerras que o homem já viu. Assim, era de se esperar que surgisse  a ideia de que a política poderia destruir o mundo. Tanto Arendt, quanto Kant, ou qualquer outros pensador pós moderno, esqueceu de  considerar a ideia de Thomas Hobbes: " O homem é o lobo do homem, em guerra de todos contra todos". Traduzindo para o sentido do texto, a concepção de política sempre foi a mesma, porém quem a estragou foi o próprio homem com sua ambição por poder.

                                                                                                         João Vitor Santiago Almeida