sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Afinal, Levy ou Meirelles? Joaquim, mãos de tesoura, Levy poderia ter a cabeça cortada em plena sexta-feira 13?

Henrique Meirelles (esq.) e Joaquim Levy na 10ª Edição do Encontro Nacional da Indústria, no Centro Internacional de Convenções em Brasília
 Nessa semana que se encerra hoje (sexta-feira 13) notícias de que o ministro da fazenda Joaquim Levy estaria com o seu cargo ameaçado vêm tomando conta dos jornais e colunas da área por toda a imprensa. A bola da vez para assumir o posto seria Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e fiel escudeiro (ou pau mandado?) do ex-presidente Lula. A questão é: qual dos dois seria o melhor para o país?
Não é novidade nenhuma que a tensão em Brasília não está apenas no Congresso. Os Ministérios da presidente Dilma vêm sofrendo com a decisão do ex-presidente Lula de tentar colocar seus antigos escudeiros no poder. O primeiro a ser decapitado por Lula foi Aluízio Mercadante que até então estava na Casa Civil e foi devolvido – ou chutado de volta- para o Ministério da Educação. Em seu lugar foi colocado Jaques Wagner, outro soldado de Lula. Os alvos da vez do petista-mor agora são o Ministério da Fazenda e o da Justiça. Por coincidência ou não, todas essas perseguições, principalmente ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, começaram logo depois da operação da polícia federal que investiga o envolvimento de sócios do filho de Lula em escândalos de corrupção. Deixando os motivos pessoais de lado, é óbvio que todas essas manobras são uma estratégia do cacique petista para tentar deixar o governo com a sua cara.
Dito isso, vamos focar na situação de Joaquim Levy na capital do país. Desde que chegou ao cargo, Levy nunca foi unanimidade dentre a esfera petista, principalmente dentre os Lulistas. Muitos relembraram da sua passagem pela Secretária do Tesouro (2003-2006), quando foi apelidado de “mãos de tesoura” por conter gastos públicos. A partir daí, Levy conquistou a antipatia definitiva de Lula. O mundo deu voltas e no início desse ano Levy assumiu com a promessa de manter a inflação sobre controle e recuperar rapidamente a economia nacional.  Não precisa ser um expert em economia para saber que nada disso aconteceu. Além de uma inflação descontrolada- estimada para acabar o ano na casa dos dois dígitos- a ameaça de termos uma recessão por dois anos seguidos assusta, uma vez que isso não acontece por aqui desde 1930/31. A situação do Ministro da Economia é tão desfavorável que no âmbito popular é dele a culpa pela crise. Cartazes de “Fora Levy” já aparecem ao lado dos cartazes de “Fora Cunha” em manifestações. Vejam só, o pobre Levy ao lado do nada pobre Eduardo Cunha. A verdade é que em meio a um cenário político caótico, não há nada que possa ser feito pela Fazenda para mudar essa situação. Vide os 32 projetos feitos pela equipe econômica do Governo que foram todos (TODOS) vetados há algum tempo atrás. Dessa forma, ninguém governa, ninguém tira o país da crise. 
Por trás de tudo isso, aparece Henrique Meirelles, aliado de Lula e detestado por Dilma. Se Levy tem uma postura chamada de fiscalista, Meirelles é “o cara da facilidade de crédito”. Por essa e por outras é o indicado de Lula. Esse acredita que a crise seria resolvida dando crédito para a população comprar seus móveis, carros, casas e etc....Parece piada, mas o dinheiro para esse crédito sairia, pasmem, dos cofres públicos. Não farei aqui as contestações óbvias a essa medida insana, deixarei para vocês, caros leitores refletirem se os cofres públicos são capazes de dar esses créditos. É óbvio também que essa posição de Lula se trata de uma estratégia política de aparecer como “amigo de povo”, já pensando em 2018.
Há cerca de um mês, quando começaram os primeiros rumores de que Levy sairia do cargo a presidente Dilma deu a seguinte declaração: “Ele (Levy) não está saindo. Ponto. Eu não trato mais desse assunto”. Se a presidente conseguira mantê-lo por muito tempo fica para o próximo capítulo. A verdade é que o melhor para o país no momento seria uma estabilidade política utópica- que sabemos que não vai acontecer tão cedo - e para Levy, o melhor é tomar cuidado pois a foice de Lula está afiada e sedenta por sangue. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar, volte sempre.